Deixa eu me tocar com a sua mão
Eu vou destoar no descaso da sua pele,
enquanto os pêlos se arrepiam de ausência
Vibra, sentido, em desejo
Seu toque toa no invisível ensejo
Limito num suspiro o anseio
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Em um almoço como outro qualquer, um grupo peculiar se encontra sentado na mesa. Os sete integrantes conversam animadamente, cheio de piadinhas e graças. A sensação de leveza no ambiente é interrompida pelo inesperado, quando a papo toma um tom mais sério. Alguém levanta um questionamento mais filosófico e por instantes todos ficam introspectivos: “Só se conhece a si mesmo através dos outros.” A frase ecoa pelos pensamentos, que vão para longe da rotina e ganham uma nova figura. As idéias preenchem de um silencioso bem-estar o momento e paira uma sensação de esclarecimento ao esclarecer o inegável.
Eles começam a recordar as pessoas que realmente abalaram as estruturas emocionais e ajudaram a construir o que existe dentro de cada um. Um poeta, uma frase da mãe, a ex-namorada e as expectativas com a filha para nascer. Elas ficaram presas, enraizadas no mar de emoções que navega-se em si mesmo.
Uma das garotas entrou no barco, levantou a âncora e flutuou pelas portas dos relacionamentos passados. A cada maçaneta que girava se deparava com o rodapé da ilusão sustentando a presença daquele lugar. As figuras que vagavam ali dentro estavam perdidas na falta, buscando no ar o sentido de existir. Nada. Nunca houve nada ali dentro. A tranca que havia depositado em cada passo torto, impedia de vagar pelo profundo mundo das doces ilusões novamente.
Voltando para a mesa, riu da piada que o palhaço de plantão fez para descontrair o clima. É, amar de verdade não tinha nada a ver com aquilo. Achou melhor deixar as portas da ilusão fechadas e sentir o riso contagiar cada instante.
Eles começam a recordar as pessoas que realmente abalaram as estruturas emocionais e ajudaram a construir o que existe dentro de cada um. Um poeta, uma frase da mãe, a ex-namorada e as expectativas com a filha para nascer. Elas ficaram presas, enraizadas no mar de emoções que navega-se em si mesmo.
Uma das garotas entrou no barco, levantou a âncora e flutuou pelas portas dos relacionamentos passados. A cada maçaneta que girava se deparava com o rodapé da ilusão sustentando a presença daquele lugar. As figuras que vagavam ali dentro estavam perdidas na falta, buscando no ar o sentido de existir. Nada. Nunca houve nada ali dentro. A tranca que havia depositado em cada passo torto, impedia de vagar pelo profundo mundo das doces ilusões novamente.
Voltando para a mesa, riu da piada que o palhaço de plantão fez para descontrair o clima. É, amar de verdade não tinha nada a ver com aquilo. Achou melhor deixar as portas da ilusão fechadas e sentir o riso contagiar cada instante.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Na dúvida: a indiferença, a imobilidade, a desistência e desvalorização. Basta uma confusão e paramos. Até, enfim, a ausência de decisão tomar por si só um caminho e virar uma certeza.
Naquele momento eu funcionava como uma balança e analisa criteriosamente os dois lados, levando em consideração o peso dos braços: o equilíbrio me incentivava a inatividade. Estava estagnada, largada como um saco de lixo na própria cama.
Naquele momento eu funcionava como uma balança e analisa criteriosamente os dois lados, levando em consideração o peso dos braços: o equilíbrio me incentivava a inatividade. Estava estagnada, largada como um saco de lixo na própria cama.
O sentimento de mágoa começou a se alastrar por todo o meu corpo. Um desânimo me motivava a permanecer deitada, sem fazer nada, olhando para o teto. Contando as falhas que a pintura, agora, manifestava, acompanhava com o olhar os insetos que rodeavam o lustre.
Com as asinhas euforicamente batendo, eles queriam a luz. Buscavam pelo prazer instigante que ela oferece, mas se afastavam com medo das atitudes suicidas que se expunham em qualquer avanço mais ousado. Eles ensaiavam a coreografia do lustre, disputando com suas patinhas cheias de esperança a proximidade àquele brilho.
Queria voar em direção à luz, esfregar as patinhas como um louva-deus, saltar livremente sem rumo, somente buscando a sobrevivência. Carregando só o peso do meu corpo e abandonando os medos em outra encarnação. Talvez eu conseguisse atingir o estado metafísico do nada em um salto de grilo.
De repente, um deles perdeu a asa. Ficou caminhando pelo teto “desalado”. Andava de um lado para outro, não sabia qual rumo tomar, ficou impotente sem a possibilidade de voar. Enfim aterrissou no universo daqueles que não voam e caminhava, novamente, em direção a luz.
Virei o rosto para o travesseiro e apaguei a luz. Era melhor dormir. Amanhã seria outro dia.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Li na sua iris
Quando eu quis saber o significado deste brilho, busquei nos seus olhos palavras que me faltavam. Encontrei a ausência do discurso, inebriado. Era pura sinestesia admirar aquele castanho modelado. Foi ali que eu entendi. Você não me dizia o que sentir, só emitia o que eu sempre quis ouvir.
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