O laço parental une
Ata o corpo
Dependência física do outro
De repente resseca em desacordo
Apodrecido, cai.
É lixo, pesa na solidão
Quando eu nasci minha mãe disse que eu parecia um rato
Aí, eu cresci e descobri que tinha um dente aprisionado no céu da minha boca
Eu queria arrancar ele de lá pra completar o meu riso
Percebi então que nem todo rato sorri com os dentes
Deixa eu me tocar com a sua mão
Eu vou destoar no descaso da sua pele,
enquanto os pêlos se arrepiam de ausência
Vibra, sentido, em desejo
Seu toque toa no invisível ensejo
Limito num suspiro o anseio