quinta-feira, 26 de maio de 2011

Metade de mim.

À direita vejo as marcas roxas no braço, os dedos finos e alongados. Magros e sem força, eles caem no lençol. Observo a veia saltada e os sinais pintando a coloração na pele. Os pelos somem por este lado do meu corpo caído. E o cabelo ralo, ralo me deixa feia. Apodreço diante do espelho.

À esqueda é o nada que vive em mim. A hemorragia de sensações. O encéfalo dos sentidos ausente. O tato em antisinapse. Uma velha caolha.

Virei a direita, queria a ruptura completa com metade de mim.

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