terça-feira, 4 de novembro de 2008

Posição Tartaruga de Defesa.

De sua base ela podia ouvir a preparação que havia nos outros quartos. Era perigoso sair sem cautela naquele campo minado. Cada passo precisava ser precisamente calculado, sua estratégia de ataque havia sido armada. Após abrir a porta ela correria até a sala e aguardaria encostada na parede do lado do corredor, assim pegaria de surpresa qualquer uma que ousasse passar e atacá-la.

Aquilo não era um jogo com limites. Era guerra! Não havia restrições, qualquer uma fazia suas próprias regras. Não teria como apelar para ninguém depois, pois, ali, elas eram filhas de ninguém e estavam exposta à sujeira do que era aquilo tudo. Só poderiam apela e clamar por alguma interferência divina.

Ouviu-se uma porta abrir, alguém finalmente decidiu sair e dar a cara para bater. Atentou-se aos sons do caminhar com meias, suave e sutil, incapaz de acordar alguém que dormia. Com as mãos fixas na parede e ouvidos aguçados ficaram as duas na expectativa aguardando o encontro. Passou-se muito tempo e nada acontecia, ficar somente esperando era agonizante quando se deve ficar alerta. Não há ser humano que agüente tal ansiedade diante do perigo inevitável.

A tentação de olhar para a outra parte da casa era grande, mas fazer isto era revelar a sua posição. Muito perigoso! Mas será que era melhor ficar só esperando mesmo? Insatisfeita com a dúvida, ela decidiu arriscar. Assim que deslocou sua cabeça um pouco para frente, possibilitando visualizar o corredor inteiro, ela encarou a pessoa que estava fora do quarto. Um choque se estabeleceu entre os dois olhares que se encaravam assustados e ansiosos para a ação.

De repente, escuta-se mais um porta se abrindo. Era a terceira pessoa da casa que demonstrava estar viva e não hesitava em atacar com tudo, sem estratégia nenhuma, simplesmente sendo impulsiva e dando início a mais uma guerra de travesseiros.

O mais importante era derrubar as adversárias e roubar suas armas. A sala se tornava palco para uma perseguição acirrada, os ataques eram intermináveis e sentia-se o cansaço dominar os corpos aos poucos, até haver a necessidade de apelar para água, e todas aceitarem um pausa, na qual elas seriam desprivilegiadas e juntamente beneficiadas.

A liberdade dava-lhes a oportunidade de criar regras e cabia a elas aceitar ou não. Uma decisão, como unir forças contra uma pessoa que merecia ser esmagada, era subitamente criada e apoiada por uma seguidora. Duas contra uma podia ser covardia, mas ninguém estava preocupado com isto, elas só queriam a diversão a qualquer preço.

Em um momento de ataque enfático sob àquela que lutava sozinha, ouviu-se o grito “posição tartaruga de defesa” e ela se encolheu toda, acreditando formar um casco como o da tartaruga. Doce ilusão, as duas guerreiras continuavam o seu ataque tentando desmembra-la com o impacto dos travesseiros no corpo dela.
E ficaram as duas batendo na suposta pedra até se cansarem. Ficou chato, a menina ficou ali quieta sem reagir. Assim não tinha mais graça. O divertido era ver ela fazer escândalo, gritando e berrando feito uma boba. Coisa típica de irmã caçula.

Mas no final a aventura havia sido divertida, elas criavam um universo mágico por alguns minutos e esqueciam das responsabilidades, da pose, de tudo que as tornava adultas e viravam somente três “meninas perdidas”. O que restava era somente a afirmação entre as respirações cansadas: “Precisamos fazer isto mais vezes”.

3 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Ohh, guerra roxx, mtas estrategias, mas essa posiçao tartaruga d defesa eh a cara da livia, OMG xD


ehIAUEhUIAEhfuiaE

ficou mto bom esse tbmm xD

bju liby loo

ahh, e eu exclui o ultimo pq sem qrer qdo fui digita a confirmacao visual ela foi pra caixa d dialogo d coloca comentario, ai saiu meio zuado o post

ehUAIEHiuAHEiuAHEUI

xD

Anônimo disse...

hashahshahshahs

vc é o ser mais maldito da face da terra sabia? na verdade vcs duas são!

Meu.... a posição tartaruga de defesa é infalivel ahshshahsha

Bjus xuxu